O #mundodomergulho não costuma publicar notícias tristes ou desabafos, mas hoje foi inevitável.
LUTO
Quando morre um mergulhador comercial em plena atividade, muitas questões ficam em evidência. Mas o que mais fica é tristeza e dúvidas. No Brasil existe um pequeno grupo de pessoas que trabalha debaixo d'água, com registros válidos na Marinha do Brasil, apenas alguns milhares. Seja na produção de petróleo, construção civil, portos, embarcações, represas. Enfim, onde você nem imagina tem um mergulhador.
"Essa profissão devido ao seu alto grau de insalubridade tem sido considerada, segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, a profissão mais perigosa do mundo. Da mesma forma, o Órgão Administrativo de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos da América (Occupational Safety and
Health Administration – OSHA) concluiu que os profissionais dessas atividades
estão expostos a riscos e acidentes mortais, da ordem de quarenta vezes maiores do que a média alcançada por todas as demais profissões. Esses dados nos levam à conclusão que seus riscos se tornam crescentes com o aumento da cadeia produtiva do petróleo e gás natural em águas profundas como o pré-sal, bem como na construção civil em grandes áreas alagadas." Ainda assim a profissão no Brasil segue sem regulamentação e o devido reconhecimento.
Ontem tivemos um grave acidente no mergulho saturado, onde perdeu a vida o mergulhador saturado mais antigo em atividade. Esse acidente mostra que mesmo no mergulho fundo onde os investimentos são altíssimos e os mergulhadores são muito mais valorizados e respeitados que no mergulho raso, os acidentes acontecem. Seja qual for a causa, o erro ou sucessão de erros cometidos, ainda é cedo para tirar conclusões.
Por se tratar de área de grande investimento da Petrobrás e pela complexidade da atividade , o mergulho fundo tem muito mais visibilidade, e por isso mesmo que ontem já surgiram notas em grandes veículos de comunicação.
Já no mergulho raso, onde estão a maioria dos mergulhadores profissionais, não vemos a mesma preocupação e tratamento. Afinal são constantes as notícias de perdas sem a devida divulgação e tratamento adequado. Se fosse no mergulho raso, arriscamos dizer que a culpa certamente ficaria pro morto. Basicamente falha na avaliação, falha na percepção de risco, e falha na supervisão seriam os pontos destacados. Mas por que não falam de falha nas condições de trabalho, falha na fiscalização por parte dos órgãos competentes, falha nos equipamentos disponibilizados, falta de remuneração adequada, falta de reconhecimento, falta de regulamentação. Poderíamos escrever um livro só destacando pontos negativos aos quais os mergulhadores são submetidos, e sem perspectivas de melhora.
#LUTO por mais um Mergulhador que perdeu a vida trabalhando.
#LUTO pela regulamentação e reconhecimento da profissão de Mergulhador
LUTO
Quando morre um mergulhador comercial em plena atividade, muitas questões ficam em evidência. Mas o que mais fica é tristeza e dúvidas. No Brasil existe um pequeno grupo de pessoas que trabalha debaixo d'água, com registros válidos na Marinha do Brasil, apenas alguns milhares. Seja na produção de petróleo, construção civil, portos, embarcações, represas. Enfim, onde você nem imagina tem um mergulhador.
"Essa profissão devido ao seu alto grau de insalubridade tem sido considerada, segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT, a profissão mais perigosa do mundo. Da mesma forma, o Órgão Administrativo de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos da América (Occupational Safety and
Health Administration – OSHA) concluiu que os profissionais dessas atividades
estão expostos a riscos e acidentes mortais, da ordem de quarenta vezes maiores do que a média alcançada por todas as demais profissões. Esses dados nos levam à conclusão que seus riscos se tornam crescentes com o aumento da cadeia produtiva do petróleo e gás natural em águas profundas como o pré-sal, bem como na construção civil em grandes áreas alagadas." Ainda assim a profissão no Brasil segue sem regulamentação e o devido reconhecimento.
Ontem tivemos um grave acidente no mergulho saturado, onde perdeu a vida o mergulhador saturado mais antigo em atividade. Esse acidente mostra que mesmo no mergulho fundo onde os investimentos são altíssimos e os mergulhadores são muito mais valorizados e respeitados que no mergulho raso, os acidentes acontecem. Seja qual for a causa, o erro ou sucessão de erros cometidos, ainda é cedo para tirar conclusões.
Por se tratar de área de grande investimento da Petrobrás e pela complexidade da atividade , o mergulho fundo tem muito mais visibilidade, e por isso mesmo que ontem já surgiram notas em grandes veículos de comunicação.
Já no mergulho raso, onde estão a maioria dos mergulhadores profissionais, não vemos a mesma preocupação e tratamento. Afinal são constantes as notícias de perdas sem a devida divulgação e tratamento adequado. Se fosse no mergulho raso, arriscamos dizer que a culpa certamente ficaria pro morto. Basicamente falha na avaliação, falha na percepção de risco, e falha na supervisão seriam os pontos destacados. Mas por que não falam de falha nas condições de trabalho, falha na fiscalização por parte dos órgãos competentes, falha nos equipamentos disponibilizados, falta de remuneração adequada, falta de reconhecimento, falta de regulamentação. Poderíamos escrever um livro só destacando pontos negativos aos quais os mergulhadores são submetidos, e sem perspectivas de melhora.
#LUTO por mais um Mergulhador que perdeu a vida trabalhando.
#LUTO pela regulamentação e reconhecimento da profissão de Mergulhador
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